Rivalidade Autofágica
Antes de mais, importa dizer que sou adepto da rivalidade. A rivalidade é um princípio ativo e dinâmico e o rival é o que dá sentido ao seu opositor. Sem rival, não faria sentido uma existência.
Ora, transposto isto para o mundo da bola, a coisa tem ainda mais sentido e ênfase porque entra em jogo a paixão que amplia a rivalidade. Assim, acho interessante os regimes discursivos entre os adeptos dos clubes rivais, a forma como se inventam piadas e invetivas, a forma como se comportam quando as coisas correm bem e a forma como se defendem quando as coisas correm mal. Tudo isto é interessante de seguir. Tudo isto tem espírito.
O mal da coisa, é quando a rivalidade se torna autofágica. Eu percebo e até gosto, como já disse, quando os clubes portugueses rivalizam entre si. Acontece, porém, que, quando um clube português participa numa competição internacional, já não é só esse clube que está em jogo. É todo o país. Por isso mesmo, não percebo porque é que há adeptos que se regozijam com as derrotas internacionais dos seus adversários quando, na verdade, estamos todos a perder.
A imagem que coloco aqui ao lado, não minto, arrancou-me um sorriso. Acho que a tentativa de reprodução do discurso do Jorge Jesus está deliciosa. Mas, lá está, desta vez é o Benfica que está por cima, noutras vezes esteve o Porto a cantar de galo, mas sempre com portugueses a desdenhar de portugueses. Nestas circunstâncias, em que há competições internacionais, penso que o mais adequado seria sermos solidários enquanto portugueses. É triste quando a rivalidade se torna destrutiva. E é nisto que, enquanto nação, ainda temos de crescer. Com facilidade, saindo da esfera do desporto e do futebol em particular, percebemos que este comportamento autofágico e destrutivo nos corrói e prejudica interna e externamente enquanto povo e nação.
A imagem que coloco aqui ao lado, não minto, arrancou-me um sorriso. Acho que a tentativa de reprodução do discurso do Jorge Jesus está deliciosa. Mas, lá está, desta vez é o Benfica que está por cima, noutras vezes esteve o Porto a cantar de galo, mas sempre com portugueses a desdenhar de portugueses. Nestas circunstâncias, em que há competições internacionais, penso que o mais adequado seria sermos solidários enquanto portugueses. É triste quando a rivalidade se torna destrutiva. E é nisto que, enquanto nação, ainda temos de crescer. Com facilidade, saindo da esfera do desporto e do futebol em particular, percebemos que este comportamento autofágico e destrutivo nos corrói e prejudica interna e externamente enquanto povo e nação.
jpv