“ Carta para o meu mano “

[A minha mana nasceu em 1972, logo, como aqui confessa ter trinta anos, esta resposta data de 2002 quando se publicavam os "Mails para a minha irmã" no jornal. Hoje, a mana já tem trinta e sete e, claro, está cada vez mais bonita. Deixo aqui a sua reacção escrita aos "Mails". A publicação está autorizada, claro.]
“ Carta para o meu mano “
“ Mails para a minha irmã”. Nem imaginas como estas palavras ecoaram nos meus ouvidos, como o meu coração se encheu de orgulho quando me anunciaste que ias dar`as tuas crónicas o título “ Mails para a minha irmã”. Não importa que os outros não saibam quem é a irmã ou mesmo se ela existe ou não. Eu sei que são para mim , que foi a pensar em mim que resolveste partilhar algumas das tuas mais caras recordações, os teus pensamentos mais íntimos, as tuas reflexões e preocupações. É como se existisse um cordão umbilical entre nós, um pacto selado que nada nem ninguém pode quebrar. É um amor, uma cumplicidade eternas. Não sei se é assim que tu sentes mas apesar dos meus trinta anos continuo a sentir-me como aquela menina de dois anos a quem tu seguras o queixo com uma mão e com a outra apertas firme mas suavemente a minha.. Não sei se te recordas dessa fotografia tirada há muitos anos algures em África .

Mas voltemos às crónicas. Cada vez que recebo uma nova fico com a garganta apertada e mal começo a ler os meus olhos enchem-se de lágrimas, mesmo sem saber ainda muito bem sobre o que escolheste escrever. É que a emoção é maior e mesmo que por vezes não partilhe de algumas das tuas memórias, bebo cada uma das tuas palavras, guardo-as no meu coração, penso em todas as pessoas que também as lêem e apetece-me gritar bem alto : “ Estas palavras são para mim !”

Beijo,
Mana

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