Creta 2010 - Diário de Bordo - 18

9/8/2010 - 23:41h. - Georgioupoli
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Chegámos a Georgioupoli às 22h. Exaustos. O dia foi preenchido e cansativo. Depois da praia de Preveli, ainda visitámos o mosteiro com o mesmo nome, uma localidade chamada FrangoKasteli que tem um castelo com uma história impressionante de resistência e sangue, e visitámos, de passagem, a praia de Plakias.
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Nota sobre costume cretense muito bizarro 1: hoje, pela primeira vez, fotografei as famosas placas de sinalização de trânsito em Creta. Muitos cretenses, sobretudo das zonas mais interiores e montanhosas, como é o caso das que visitámos hoje, guardam ainda armas da segunda guerra mundial, sobretudo pistolas. Como não têm grande uso para dar-lhes, usam-nas fazendo tiro ao alvo aos sinais de trânsito. O Governo não os substitui. Coloca novos sinais ao lado dos "baleados" a ver se uns servem para o tiro ao alvo e os outros como sinais de trânsito, mas já encontrámos das novas bem perfuradas.
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Nota sobre costume cretense muito bizarro 2: os cretenses, quando não concordam com a quilometragem assinalada nas placas de trânsito, apagam-na com um produto escuro e escrevem a quilometragem certa ao lado. Pensávamos que isto era vandalismo, mas não é. Hoje, em pleno em dia, vimos um homem em cima de um tractor a corrigir os quilómetros assinalados numa placa. Ele achava que faltavam 8 e não 11 para certa localidade!
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Nota rodoviária: A viagem de regresso a casa correu bem pela estrada no cimo da serra que é à beira-mar. Vistas muito bonitas, claro. As curvas e o traçado fazem lembrar a Ilha da Madeira mas ainda mais íngreme. Deparei-me com vários cretenses aventureiros em ultrapassagens de frente para mim, na minha pista. Eles são perigosos na condução. Estão sempre em rali. Às 21:30h. deparei-me com um rebanho de cabras selvagens a dormir no meio do asfalto. Tive de ir pela faixa da esquerda porque elas não se levantaram.
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Placa de trânsito "baleada"
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Placas de trânsito muiiito "baleadas"
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São colocadas placas novas junto às velhas na esperança do "baleanço" não as atingir, mas, como se vê pela foto, nem essas escapam.

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