Vá lá, pá!

Ó pá,
Chega-te para cá,
Aquece-me estes pés.
Não sejas má!
Traz-me esse corpo esguio
E aquece este tipo frio.

Ó pá,
Deixa-te de cenas
Traz o edredão de penas
E vem aquecer-me já.

Ó pá,
Mas afinal onde andas tu?
Na via digital ou na minha cama?
Vê lá se não termina a semana
Sem te acariciar o corpo nu.

És porreira, pá,
És mesmo à maneira!
Tão gentil e graciosa
Que me despertas a brincadeira
Em tarde, de Domingo, ociosa.
E enches-me de emoção
Na exacta proporção
De um sorriso...
Ou de teus seios
Bailando na minha mão!

Ó pá,
Veste uma tanguinha, pá,
Assim, a espicaçar-me a curiosidade
E a expor à luz do dia
A maravilha
Da tua sensual idade!
Vá lá, não sejas tímida
E faz-me um sorriso convidativo,
Como quem chama para
O baile dos corpos festivo.

E fechamos as cortinas,
Trancamos as portas,
Viramos ao contrário
O quadro de Jesus
E acendemos a luz!

Vá lá, pá!

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