"Com Amor," - Documento 26


Olá, Minha Menina Verónica,
O amor é uma forma de revolução, de reencontro e de libertação. É uma revolução nos nossos sentimentos comuns e consentidos, é a libertação da verdade e a única verdade é amar.
Sim, mantém-se o desejo e se há momentos em que rememoro as linhas elegantes e sensuais do teu corpo, também os há em que não vejo senão o teu olhar procurando abrigo no meu e nesses instantes prevalece o amor ao desejo. Eu já percebera que eras assertiva, que sabias bem o que querias, mas não imaginava que tudo isso pudesse sentir-se na tua volúpia fogosa, no teu sentir fundo cada respiração. Não me interessa nada se foi sexo ou amor. Interessa-me que ambos quisemos e interessa-me que foi lindo.
Não podia haver pecado, minha menina Verónica, precisamente porque foi em consciência e precisamente porque foi harmonioso. Sabes, às vezes ouso colocar-me no lugar de Deus e pensar como julgaria os actos dos humanos. Neste caso, no nosso caso, nem julgaria. Que fazer perante a realização plena do amor senão assentir e consentir? Era preciso ser um Deus muito deslocado do amor para condenar o que aconteceu entre nós. E sabes que mais? Foi bom... gostoso...gostei em particular daquele momento em que tu... esquece! Tu sabes ao que me refiro. Acho que se notou!
Antes que isto aqueça mais, deixa-me dizer-te, minha querida, que quero mais do que reencontrar-te. Quero reencontrar-nos. O quanto antes!
Teu homem Rui.

NetWorkedBlogs