Galope

Ei, miúda da face luminosa,
Tu que passas amiúde
Pela minha prosa,
Vem adoçar-me os dias
Das fogosas correrias
De um tempo não vencido.
Vem dizer-me ao ouvido
Que tudo ficará bem.
Vem dizer-me também,
Sem qualquer sentido perverso,
Que saltas da prosa
Ao verso
E navegas nas ondas da minha poesia,
Enfrentas esse difuso tempo de maresia
Só por quereres sussurrar-me
Os mistérios de amar.
Essas cavalgadas do coração,
Em trote compassado,
Em galope de emoção.
E eu fico ouvindo a tua narrativa,
Invoco sabedoria primitiva
De ouvir com o bater do peito
E o mundo não precisa de mais nada.
Fica perfeito.

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