"Com Amor," - Documento 36


Vai, minha menina Verónica, vai...
Sim, vai. Sim, é dilacerante. Mas que raio de homem seria eu? Que raio de hipocrisia seria a minha? Que egoísmo tamanho e desumano seria o meu se te retivesse agora? Eu sou casado, Verónica! Não há um "Nós"! O "Nós" que existe está acima de todas as coisas dos homens e é por isso que não é aceite por eles. É um amor divino e abençoado e esse amor nunca deixará de existir. Há um cantinho do meu coração que será sempre teu. Há um cantinho do teu coração que será sempre meu. Há um estilhaço de vida que será sempre e exclusivamente nosso. Preciosamente nosso. É nesse patamar que existe um "Nós", amado, divino, reservado.. Mas temos de existir para a Vida e vivê-la. Vai viver a vida, Verónica, vai reconciliar-te com ela e com os homens. Digo-o com uma pontinha de tristeza, como se algo se desprendesse, mas digo-o, também, com uma alegria imensa.

Só um cuidado: certifica-te de que ele te merece!

Com Amor,
Rui

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