Agradável Surpresa

Esta semana, a empresa Castello Lopes Cinemas decidiu oferecer-me um bilhete para o cinema como forma de comemorar o meu aniversário. Acho que, por ter o cartão de membro, tenho direito a essa simpatia. E é mesmo uma simpatia. Ora, acontece que no cinema mais próximo de casa a oferta não era grande coisa. O único filme que me atreveria a ver, dos que estavam em exibição, era Crazy, Stupid, Love. Não gosto do Steve Carell, a imagem dele está muito colada àquelas comédias sem sentido, muito dependentes das carantonhas que ele faz. Mas o resto do elenco agradava-me. Além disso, algo me estava a atrair, a espicaçar a curiosidade: o título. O título era promissor. E fui.

E ainda bem que fui. O filme esteve quase a cair na comédia cliché, mas algo o salvou: o texto. Este filme é uma agradável surpresa. A simplicidade profunda do texto, o que fica por dizer, o que é dito pelas personagens mais jovens, a ideia de que o Amor não resolve tudo sozinho, pelo contrário, depende das nossas ações, está muito bem explorada. Sim, é um filmezinho leve, mas foge à banalidade em que estão a cair as comédias românticas. Se estava na dúvida entre este filme e O Regresso de Johnny English, não duvide, vá ver este e faça como eu: espere que o Rowan Atkinson se deixe de parvoíces e volte a fazer o que sabe, o Mr. Bean! Entretanto... Midnight in Paris espera por mim!

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