Mar Revolto


Andam ondinhas
Revolvendo meu coração,
São esperanças minhas
No poder da emoção.

E consigo senti-lo, por vezes,
Bravio, Selvagem e solto,
Arranca-me à alma o choro
Com a força de um mar revolto.

E fica, traçada, nesta contemplação,
A linha e a jogada,
A teimosia
E a razão.
O que quero
E controlo.
O que desejo
E me escapa.
O sentido
E o desnorte.
O Azar
E a sorte.
E ficam as pessoas,
As coisas más
E as boas.
A esperança
E o desespero.
O descuido
E o esmero.
E fico eu,
Sozinho, despido e nu,
Sem terra nem céu,
Sempre que me faltas tu!

jpv

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