M de Todos os Dias



M de Todos os Dias

Minha Mãe,
Minha Mulher,
Minha Mana,
Minhas aMigas...
Estas são palavras
Sentidas
Sem grande entusiasmo
Nem loucas euforias.
São só
O sentir de todos os dias.


A gratidão revelada,
A cumplicidade sentida,
A fraternidade irmanada,
A amizade definida.


Não há um dia
Para ser-se mulher.
Há uma vida.
E quem quiser
Pode chegar-se a este lume
De graça e sensibilidade,
De inteligência e força,
E, o que muita gente não alcança,
De infinita perseverança.


Não há um espaço
Para ser-se mulher.
Há um universo.
E quem quiser
Pode cantá-lo em prosa
Ou em verso.
Venerá-lo em pensamentos
E gestos
No campo aberto
Dos afetos.


Não há uma mulher
Para ser-se mulher.
Há uma mulher que vive em vós.
E, perceba quem souber,
Há a que habita em nós, 
Homens.
A que ampara os filhos,
A que conforta os amigos,
A que suporta os pesos,
A que nos ajuda nos perigos,
A que nos ensina a vencer
Os medos.


E é essa mulher,
Plena e universal,
Que nos guia as passadas
E preenche as fantasias,
Que é preciso
Celebrar todos os dias.



Minha Mãe,
Minha Mulher,
Minha Mana,
Minhas aMigas...
Estas são palavras
Sentidas,
Envoltas em apreço
E gratidão,
Cosidas com a linha
Da emoção,
Sem grande entusiasmo
Nem loucas euforias.
São só
O sentir de todos os dias.
jpv


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