Via Crucis - Quinta Estação










V- Quinta Estação



Simão Cirineu ajuda Jesus






A dor no horizonte...
Mais a da alma
Que a dos espinhos na fronte
Cravados.
Suportam-se melhor
Que os pecados.

A dúvida nascendo
E a convicção cambaleando,
Emerge uma rocha
No caminho,
Baila um corpo tombando.
O meu.

E estendes-me a tua mão
Aberta, oferecendo ajuda.
Hesito, antes que me iluda
E dê novo trambolhão.
Mas insistes
E penso na pura atitude e certa
Que é aceitar, humilde,
Tão generosa oferta.
E encontro a grandeza
Que nasce nessa humildade,
Um homem cresce
Para além da idade.

E tens, amigo Simão, a mão estendida.
E pequei porque duvidei
Da tua dádiva de vida.
Amparas-me.
E há nesse gesto, a beleza
De ver-te amparado
À minha própria fraqueza.

É mais doce o caminho
Quando não é feito sozinho.
Palpita na tua mão
A força que a amizade conduz
Hoje, ensinaste-me, Simão,
Com um amigo,
É mais fácil carregar a cruz!
jpv - Via Crucis - V

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