A Mana Deste Blogue Faz Anos Hoje


04/11/2013

Olá Mana!

Quando fazes anos, às vezes escrevo-te. Mas depois acontece o problema de já quase tudo ter sido dito. E foi por isso que hoje pensei que não ia escrever. Para não estar sempre a dizer as mesmas coisas. Só que, num segundo pensamento, veio-me à cabeça que, se as mesmas coisas são este amor e esta cumplicidade que nos une, então o melhor mesmo era escrevê-las porque há muita falta disso no Universo.

E ainda bem que decidi escrever-te. É que fazes hoje um estranho ciclo de anos que se completa e fecha. Fazes a idade que o nosso pai tinha quando foi forçado a abandonar África. Esta mesma de que te escrevo agora.

É engraçada, a nossa relação à luz de como os outros nos olham e eu nos vejo. As pessoas, com facilidade, porque me exponho, me acham mais expansivo e te dizem mais retraída quando, a verdade, verdadinha, é que eu aprendi a coragem contigo. Criança destemida e resoluta a desafiar os limites. Sempre fui um miúdo retraído. Até tu nasceres. Foste tu quem veio agitar e impregnar de vida a minha vida.

Não raro, já homem crescido e presumivelmente responsável, me apanho a pensar as minhas decisões à luz do que tu aprovarias ou não. E isso não tem um caráter inspetivo. É, antes, o meu medo de desiludir-te. É isso, Mana, eu sei que te amo sem medida quando a medida do meu amor é eu viver sem te dececionar. Tarefa impossível, mas que tenho de tentar.

Agora, há esta distância. E quando vejo aqui algo interessante, um evento, um fenómeno natural, um comportamento humano, lá estou eu a pensar como seria essa realidade se ta pudesse mostrar.

Olha, e sabes que mais: Parabéns, muitos e muitos parabéns! E... até breve, para que possamos estreitar este abraço que sempre me anda na mente. 

Ah, já agora. Há uma coisa que nunca te disse nestes textos que te venho escrevendo nos teus aniversários ou outras ocasiões celebráveis: é que tu és muito bonita, Mana! Sabes, tenho sempre esta tendência para falar mais do que sinto e menos do que vejo. Mas, hoje, pousei o olhar em várias fotos tuas até escolher essa que aí fica e a única coisa que me vinha à mente era que a minha Mana é mesmo muito bonita. E és. Tens o sol na pele, o brilho no olhar, a malandrice no sorriso e, pudessem todos ouvir-te, concordariam comigo em como tens a esperança na voz.

Beijo,
Mano
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