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Mudança!


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Caros Amigos e Leitores,

Com muitas dúvidas, com muita relutância, mas sem Velhos do Restelo na mente... Com coragem, determinação e a preciosa ajuda de uma incansável e encorajadora amiga, Mails para a minha Irmã VAI MUDAR!

MUDAR TUDO! Menos a escrita que é, afinal de contas, a razão de ser da existência de MPMI. Também não mudaremos a Mana. Jamais! TUDO O RESTO MUDA.

Ao cabo de cinco anos, meia década de textos e de partilhas, os problemas técnicos deram um empurrãozinho a esta vontade adormecida. 

Tentaremos ter tudo pronto para o dia do 5º aniversário de MPMI, 12 de maio de 2014.

Até breve!

jpv

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Olá fofinha.
Muitos parabéns!

Sem mais delongas, nem adjetivos, nem advérbios... que vivas outros quarenta sete adormecendo no meu ombro!

No outro dia reparámos que, no tempo das nossas vidas, já passámos mais tempo juntos do que até nos conhecermos. E isso acontece porque, não obstante todos os problemas, somos companheiros e queremos estar juntos.

Espero que tenhas um dia muito especial. Espero que sejas muito feliz. Espero saber contribuir para isso!

Um grande beijinho,

jp

Dia de Anos




Olá Mamã!

Ao longo dos anos, acordaste-nos as manhãs de aniversário citando, de cor, o poema "Dia de Anos" de João de Deus. Claro que mudavas sempre o dia da semana e mesmo quando calhava ao sábado ou ao domingo não te atrapalhavas. Dizias "sábado sem feira" ou "domingo sem feira" e mantinhas a rima.

Nunca foste muito de grandes celebrações, mas nunca te esqueceste de nos fazer sentir especiais. Era como se fôssemos a única pessoa do mundo nesse dia. Nesse e nos outros, mas nesse havia um brilho especial.

Pois, agora que estou cá longe, não posso dar-te um beijinho sentido no aperto do teu abraço, mas posso fazer-te sentir especial dizendo que, de todas as mulheres que conheço e poderiam ter sido minhas mães e mesmo das que não poderiam, nenhuma tem o condão de me fazer sentir sempre menino, mesmo a rondar os cinquenta, como tu tens. Nenhuma mãe teria feito de mim, o jovem e o homem que tu criaste. Com a coragem dos seus defeitos e a determinação das suas virtudes.

Acho que, além do olho azul e do ego inflado, herdei de ti a determinação, a incapacidade de desistir, a força de nunca ficar a olhar para um problema sem lhe vislumbrar, de imediato, a  solução. Erramos. Claro que erramos. Mas, como a mesma celeridade com que erramos, corrigimos, e dizemos o que temos a dizer a quem temos de dizer.

Gosto muito de ti Mamã! Tanto que até dói. Gostei sempre. Gostarei sempre. E saberei sempre que estarás sempre junto a mim independentemente de onde se encontrem os nossos corpos. Nós amamo-nos para além dessa materialidade. Amamo-nos eternamente!

Parabéns, Mamã! Para sempre, Mamã!

João Paulo
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Dia de anos

Com que então caiu na asneira
De fazer na quinta-feira
Vinte e seis anos! Que tolo!
Ainda se os desfizesse…
Mas fazê-los não parece
De quem tem muito miolo!

Não sei quem foi que me disse
Que fez  a mesma tolice
Aqui o ano passado…
Agora o que vem, aposto,
Como lhe tomou o gosto,
Que faz o mesmo? Coitado!

Não faça tal; porque os anos
Que nos trazem? Desenganos
Que fazem a gente velho:
Faça outra coisa; que em suma
Não fazer coisa nenhuma,
Também lhe não aconselho.

Mas anos, não caia nessa!
Olhe que a gente começa
Às vezes por brincadeira,
Mas depois se se habitua,
Já não tem vontade sua,
E fá-los, queira ou não queira!
João de Deus

Vinte e Sete


Lembras-te do dia em que te conheci? Era dia de São Martinho. Estavas com um fato de treino cor-de-rosa, com um boneco nas costas que encestava uma bola. A malta do nosso curso, da tua turma, foi jogar à bola contra os seminaristas. Perdemos. Depois fomos todos juntos no autocarro e falámos pela primeira vez. Meu Deus, a primeira vez que te falei foi na intimidade de um transporte público! E depois fomos em romaria para casa do Ramalheira. Como sempre. Castanhas assadas no fogão e vinho que eu levara da loja do meu pai. E voltámos a falar. Devia haver trinta pessoas à nossa volta. E a malta foi espairecer o vinho para as ruas de Coimbra, capas traçadas, bafo a desenhar figuras no frio da noite. Parámos na Portagem. Numa paragem de autocarro. Não íamos para lado nenhum. É que ali havia um banco. E conversámos. E começou nessa conversa este caminho de 27 anos. Vinte e sete anos. Já nem sei quanto tempo isso é...

Hoje, estamos aqui, onde as acácias florescem de rosa e encarnado e o verão chega no Natal, onde a terra é vermelha e as gentes sorriem por hábito. E não sei por onde ir. Não sei como ir. Sei que vou contigo e isso basta-me.

Parabéns, baixinha!

jpv
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Companhera por Patxi Andión

A Mana Deste Blogue Faz Anos Hoje


04/11/2013

Olá Mana!

Quando fazes anos, às vezes escrevo-te. Mas depois acontece o problema de já quase tudo ter sido dito. E foi por isso que hoje pensei que não ia escrever. Para não estar sempre a dizer as mesmas coisas. Só que, num segundo pensamento, veio-me à cabeça que, se as mesmas coisas são este amor e esta cumplicidade que nos une, então o melhor mesmo era escrevê-las porque há muita falta disso no Universo.

E ainda bem que decidi escrever-te. É que fazes hoje um estranho ciclo de anos que se completa e fecha. Fazes a idade que o nosso pai tinha quando foi forçado a abandonar África. Esta mesma de que te escrevo agora.

É engraçada, a nossa relação à luz de como os outros nos olham e eu nos vejo. As pessoas, com facilidade, porque me exponho, me acham mais expansivo e te dizem mais retraída quando, a verdade, verdadinha, é que eu aprendi a coragem contigo. Criança destemida e resoluta a desafiar os limites. Sempre fui um miúdo retraído. Até tu nasceres. Foste tu quem veio agitar e impregnar de vida a minha vida.

Não raro, já homem crescido e presumivelmente responsável, me apanho a pensar as minhas decisões à luz do que tu aprovarias ou não. E isso não tem um caráter inspetivo. É, antes, o meu medo de desiludir-te. É isso, Mana, eu sei que te amo sem medida quando a medida do meu amor é eu viver sem te dececionar. Tarefa impossível, mas que tenho de tentar.

Agora, há esta distância. E quando vejo aqui algo interessante, um evento, um fenómeno natural, um comportamento humano, lá estou eu a pensar como seria essa realidade se ta pudesse mostrar.

Olha, e sabes que mais: Parabéns, muitos e muitos parabéns! E... até breve, para que possamos estreitar este abraço que sempre me anda na mente. 

Ah, já agora. Há uma coisa que nunca te disse nestes textos que te venho escrevendo nos teus aniversários ou outras ocasiões celebráveis: é que tu és muito bonita, Mana! Sabes, tenho sempre esta tendência para falar mais do que sinto e menos do que vejo. Mas, hoje, pousei o olhar em várias fotos tuas até escolher essa que aí fica e a única coisa que me vinha à mente era que a minha Mana é mesmo muito bonita. E és. Tens o sol na pele, o brilho no olhar, a malandrice no sorriso e, pudessem todos ouvir-te, concordariam comigo em como tens a esperança na voz.

Beijo,
Mano
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Para quem tem feicebuques, a Mana deste Blogue mora aqui:

Vinte e Cinco


Vinte e Cinco


Olá!

Foi ontem. O nosso 11 de setembro. Marcante, este. Completaram-se 25 anos desde que, ainda muito jovens, imberbes, literalmente (!), resolvemos casar. E, na altura, queríamos que fosse para sempre, mas não sabíamos quanto tempo duraria sempre. Olha, afinal, num ápice, num átomo de tempo, já vamos em vinte e cinco.

Uma coisa é certa, se fizéramos planos para sair do país e trabalhar longe de casa, se isso alguma vez cruzou as nossas mentes, acho que foi no início da nossa união. Nunca pensámos que, se chegássemos aqui, passaríamos o dia em Maputo. Do outro lado do mundo.

O percurso tem sido fantástico. Melhor do que alguma vez sonhei.

Se alguma coisa me fica destes anos é a certeza de que estão neles os mais extraordinários momentos que vivi. Estão neles, também, o nosso filho que, por via das sinuosas linhas do Destino, fez ontem 23 anos. Falámos com ele de manhã. Está lá longe. Está bem. É nosso. É como se estivesse aqui, onde está sempre. Nos nossos corações.

Sim, vivemos dificuldades, passámos por crises. A maior parte das vezes, responsabilidade minha, por esse espírito deambulante que me faz questionar tudo. Tu és mais como era o meu pai: uma rocha de firmeza. Outras vezes, também, por inconstância tua. Nada disso importa. Somos, como disseste, companheiros! E acho que somos mais do que isso. Uma metade da outra metade. Um amor que ficou e resistiu e perdurou e renasceu e que habita hoje, tranquilo, nossos corações. 

Mudei contigo. Para melhor. E, sei-o com convicção, não quereria ter passado o dia de ontem com mais ninguém. Sendo honesto: não quereria ter passado os últimos vinte e cinco anos com mais ninguém.

Foi um dia de trabalho. Mas também foi um dia de flores e bolo de chocolate. E, sobretudo, foi um dia sem a energia de outros tempos, mas com a ternura e a certeza da companhia um do outro. 

Agora, acho, inicia-se um outro caminho. Por mais que custe, é preciso dizê-lo, escrevê-lo. Meu amor, acho que começou a estrada onde envelhecemos juntos. É precisa, agora, a sabedoria para tirar partido destes anos que são aqueles em que tudo é melhor e, ironicamente, em que tudo caminha para o fim. Seja! Contigo a meu lado!

Com a ternura dos quarenta e muitos, com o amor de sempre,

jota

4º Aniversário


Caros Amigos e Leitores,

Mails para a minha Irmã fez ontem 4 anos.

Até ao final do dia de ontem, tínhamos 2153 mensagens publicadas, 1997 comentários, mais de 185400 visitas e um espólio muito significativo de textos.

Nos últimos 4 anos publicámos, em MPMI, 3 romances completos, temos um 4º romance em curso, publicámos mais de 300 poesias, dezenas de contos, centenas de histórias e crónicas e uma imensidão de pensamentos com muitas parvoíces pelo meio. Tudo começou com um texto chamado "O meu ET" e tudo evoluíu por amor à escrita e com o sentido da partilha. Não esqueço aqueles que me incentivaram a começar, como não esqueço todos os que me motivaram e se cumpliciaram comigo nestes longos quatro anos de escrita.

Temos leitores um pouco por todo o mundo, mas os dez países que mais nos visitam, por ordem decrescente, são:
Portugal
Brasil
Estados Unidos
França
Moçambique
Rússia
Alemanha
Reino Unido
Suíça
Holanda

Temos cerca de 200 visitas diárias e um total de 184 seguidores sendo que alguns de vós poderiam assumir esse estatuto e ajudar-nos a crescer.

Tendo sido sempre um prazer, sendo uma honra, manter o MPMI começa a ser também uma questão de compromisso para com todos estes leitores.

Tudo isto de forma 100% amadora, sem publicidade, sem patrocinadores e sem merchandising associado nem quaisquer colaboradores para além de uma ou outra ajuda voluntária de alguns amigos de MPMI.

E, por enquanto, continuaremos assim. Só a escrever. E a esperar de vós nada mais que a leitura interessada e o retorno que entenderem dar.

MPMI não é um dos blogues mais vistos da web, nem é para ser. É para ser lido por quem gosta de ler, é para ser seguido por quem se interessa pela narrativa, pela poesia, pela crónica social e pelo tipo de escrita que produzo.

MPMI é uma pequena tertúlia de amigos e leitores e está muito bem assim.

A todos vós, um obrigado do tamanho do mundo e até ao próximo... texto.

Até Sempre!

jpv

O Nosso 11 de Setembro


Caros Leitores,
peço muita desculpa a todos quantos sofreram a tragédia do 11 de setembro em Nova Iorque e àqueles que ainda sofrem com a tragédia, mas, para nós, este é um dia de imensa, inqualificável e redobrada alegria.

Com altos e baixos, com certezas e dúvidas, com alegrias e tristezas, com regozijo e dor, hoje fazemos 24 anos de casados... e acresce a isso o facto de o nosso filho fazer 22 anos de vida. Efetivamente, o rapaz resolveu nascer no mesmo mês, no mesmo dia e, imaginem a pontaria, à mesma hora em que tínhamos casado dois anos antes.

Assim, o nosso 11 de setembro é de alegria, é de vida e júbilo e, se é importante para nós o marco do casamento, sem dúvida que a presença do nosso filho ofusca tudo o resto.

Costuma dizer-se que os pais só têm olhos para os filhos. Acho que é mais do que isso. É só ter bons olhos. É sentir a nossa vida suspensa a cada decisão deles. É protegê-los, guardá-los e guiá-los para depois os ver partir como se nunca nos tivessem sido nada. Esse desprendimento, esse reconhecimento de liberdade e autonomia a quem amamos mais do que a nós próprios é o verdadeiro amor!

Não nos interessa muito o que o nosso filho é ou possa vir a ser. Não nos interessa muito o que ele possa vir a realizar. Para nós, a única coisa que realmente interessa é que ele é nosso filho e, faça o que fizer, será sempre entendido, valorizado, relativizado, percebido como uma centelha de perfeição no Universo. Quem não sentir este aperto no estômago, quem não depender dessa vida terceira, quem não souber abrir mão daquilo que mais ama, não é verdadeiramente pai, nem mãe.

Quem me conhece, sabe que sou um homem de múltiplas facetas e realizações e posso dizer, aos 44 anos, que já fiz de quase tudo. Pois, amigos, olhando para trás, a única coisa de que me orgulho 100% e sem qualquer reserva, não sou eu. É essa fantástica criatura que me tem cativo, como cativa tem sua mãe: o nosso filho. Melhor do que todos os outros como todos os outros, para seus pais, serão melhores do que ele, e se assim não fosse, não estaria correto.

Parabéns filho!
Vive sempre e para além de nós. Isso, aceitamos com naturalidade e regozijo.

jp/ap

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