Parabéns mana!

Doce mana,
já em tempos escrevi um texto sobre o dia em que nasceste daí que tentarei felicitar-te sem repetir o caminho de magia que foi, para mim, o dia em que nasceste.

O texto será breve porque no que respeita à tua chegada, à tua existência, à tua vida, ao teu nascimento e ao teu aniversário, as coisas que sinto são de tal forma avassaladoras que me compactam os sentidos e tolhem as palavras. Todas me parecem de menos, pequenas, limitadas e aquém do turbilhão com que lido desde o dia 4 de Novembro de 1972.
É como se não fosses "só" minha irmã, mas o milagre de toda uma vida. É como se a minha existência se tivesse iluminado a partir do dia em que te vi, rosada, pela primeira vez.

O engraçado é que eu acho que tu sempre pensaste que eu era um exemplo a seguir e em surdina, num silêncio respeitoso de quem deixa passar a vida, eu seguia o teu exemplo. A bravura, o brilho malandro no olhar dedicado, o dente cerrado aquando da defesa das tuas posições e o carinho...

Não sei, não saberei nunca se fui um bom irmão. Não me interessa isso muito. Não é o tipo de mensurabilidade que eu ache que possa alguma vez ser justa. Sei, contudo, que devo ter sido um irmão aquém de ti porque tu mereces sempre mais. Sei, também, numa avaliação muito subjectiva mas que considero que é pertinente porque é a minha, que foste a melhor irmã que alguém poderia ter tido. Foste tudo o que sonhei no dia em que desejei um mano. E foste muito mais do que isso tudo.

Já uma vez to disse e agora repito: a palavra "irmã" faz sentido porque tu existes.

Parabéns, mana. Do fundo mais honesto e genuíno que o teu irmão encontra em si emana este voto, assim, cristalizado nesta palavra "parabéns".

Gosto muito de ti e quero ver-te viver até que a Parca corte a corda. E peço à Parca que corte a minha primeiro!

Beijo, mano.

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