Sem medo, não. Com coragem, sim.

Numa linha comportamental muito adolescente, estava a trocar fotos com a TR como quem troca cromos do Sandokan e vai daí diz-me ela "Gosto muito daquela em que estás com um ar muito teen, o pé no ar, olha até lhe pus um título..." Não fosse a curiosidade matar-me, adiantei logo "Então e qual foi?" A resposta veio rápida e, se não estivéssemos ao telefone, tinha-a visto sorrir: "As aventuras de João Sem-Medo".
Sem medo, não direi, embora quem me conheça saiba bem que, de facto, não costumo ter medo. Nem digo isto como uma forma de me gabar de ser temerário. Para mim, até pode ser uma doença. O facto é que não não costumo experienciar tal sentimento. Ainda assim, como todos nós, humanos, ele lá se manifesta uma ou outra vez e é nessas alturas que reparo que tenho sempre muita coragem na vida. Sei lá, pode ser a tal doença... E foi por isso que disse à TR "Sem medo, não. Com coragem, sim."
Estava aqui a pensar se não serão sentimentos irmandos. Para que se manifeste um, preciso será que tenha havido o outro.

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