"Com Amor," - Documento 29


Meu Homem Rui,
Será que nos vemos na próxima semana? Inscreveste-te?Será que posso sonhar com o vigor da tua doce masculinidade fazendo de mim mulher inteira?Será que vou ver-te, cheirar-te, tocar-te?Será que és mesmo diferente?Será que posso olhar de novo os homens e pensá-los na minha vida?Será que há para nós mais do que e-mails e encontros furtivos e espaçados no tempo de desejar-te?Será que há vida melhor do que esta?
Não sei, meu homem Rui, é já tão bom, tão delicioso, tudo o que temos e contudo vai-me parecendo pouco...
Vivemos tempos difíceis, Rui, de gentes cinzentas e acabrunhadas com a vida toda nos ombros e é como se ficasse mais difícil respirar o ar da felicidade. É como se houvesse em mim um desejo irreprimível de aceitar as coisas boas da vida e incluir nelas os homens e acreditar que tudo pode mudar entre as pessoas e, ao mesmo tempo, não sentir esta culpa...
Há culpa em mim, Rui. Por ser feliz.Será que é mesmo possível olhar o horizonte e ter esperança?
Temo, Rui, temo acreditar na Humanidade e mais uma vez desiludir-me.
Tenta vir até mim, meu homem Rui. Preciso dos teus braços à minha volta.
Com Amor,Verónica.

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