Fofinha,
Em primeiro lugar
deixa-me dizer-te que me considero um privilegiado por ter-te conhecido e, sim,
é-me muito difícil terminar uma conversa contigo sem pensar em fazer amor, em
devorar-te, em encher-te de carícias, em entrar em ti e fazer-te minha.
A minha proposta
que, admito, foi um tanto teatral, tal como eu, estava plena de boas intenções
e não passava disso mesmo, uma proposta. Não quis impor-te nada. Seria incapaz
de trilhar esse caminho sem partilhar cada pormenor ctgo. Simplesmente quis que
percebesses que sei muito bem para onde quero ir. E, claro, mais do que tudo,
quero ir ctgo. Construí para nós um cenário geral de bem-estar, de soluções
que, a meu ver, nos poderiam proporcionar uma boa vida juntos, mas é evidente
que estarei disposto a discutir cada aspecto e cada solução ctgo. Só assim
poderá chamar-se vida a dois, certo?
Minha querida, eu,
como tu, já vivi com outra pessoa uma vez e falhei. E sei que, entre outras
razões, um dos principais motivos por que falhámos enquanto casal foi por andarmos
um pouco à deriva, foi por não sabermos o que cada um queria da vida ao
pormenor.
Eu valorizo os
bens, Tânia, mas não no sentido de ser escravo deles. O que penso é que tudo
desvaloriza e desaparece, nada deixas ao teu filho senão a educação que lhe
deres e o património que construíres. E não falo de dinheiro, meu amor, o
dinheiro não tem valor. Mas se deixarmos os nossos filhos ancorados num
património sólido, mesmo que a vida lhes corra menos bem, eles têm algo a que
agarrar-se. Trata-se só de segurança, minha querida, mais nada.
Anseio por estar
ctgo.
Mil beijos.
Com Amor,
José Pedro.