"Com Amor," - Documento 101


Meu Menino Rui,

Não cresces. O tempo passa por ti e tu continuas a amar e a esbanjar carinho e ternura como se fosses um adolescente.

Não precisas esperar por mim, meu amor. Há já algum tempo que te espero. Em silêncio.

Não sei se as coisas com o Eduardo não correram bem porque não podia ou porque eu deixei de esforçar-me quando pressenti que poderias finalmente caminhar para mim com todas as tuas energias, com toda a tua disponibilidade.

Sou tua, Rui. Sou tua porque nunca fui de outro. Mesmo antes de conhecer-te.

Sim irei. Irei incondicionalmente ao encontro do que tens para dar-me, oferecendo-te tudo o que tenho. É pouco, Rui, mas é tudo o que tenho. É o meu ser. O meu sentir mais profundo e inteiro. A vida despida de tudo o que é acessório, no estado mais límpido, com o amor mais genuíno e juvenil que uma mulher pode encontrar em si, mesmo depois do cinquenta, Pouco depois! :)

Não tenho certezas. Estou cheia de dúvidas e prenhe de entusiasmo. Não imagino como seja viver contigo, mas sinto, no mais profundo de mim, que seja como habitar os meus sonhos, realizar as minhas fantasias.

Sim, Rui, quero o teu vigor e a tua paixão e quero o meu corpo sob o teu na sensualidade das carícias que só nós sabemos.

Irei, Rui, irei e não terás de esperar!

Irei determinada. Irei sem volta. Para todo o sempre. O único sempre.

Carícias mil,
Com Amor,

Verónica

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