"Com Amor," - Documento 84



Querida Verónica,

Quando te conheci fiquei a gostar mais do mundo por tu estares nele, mas eu já era o homem que sou hoje e já tinha os meus filhos. Para mim, nada que diga respeito aos meus filhos é "paralelo", como tu lhe chamaste, porque eles são o centro da minha vida, a minha razão de viver.

Achei interessante que em relação ao nosso problema com a minha filha tenhas referido "a forma como ela encarou o nosso relacionamento" e no que diz respeito ao nosso problema com o teu filho te tenhas referido a ele como "a forma como lidaste com o meu mais velho". Tu não podes estar sempre fora dos problemas, nem os teus filhos, por mais que os ames. Eu posso conversar com a minha filha, mas tenho de respeitar a sua maneira de ver a situação. Ela é uma mulher, Verónica, também já tem filhos, não pode ser tratada como uma gaiata que está com ciúmes da namorada do pai. Já o "teu mais velho" está a ser um bocadinho infantil, certo?

Sim, doce Verónica, temos de harmonizar, mas isso não pode significar adoptar sempre a tua perspectiva só porque é... a tua!

Com Saudade,
Eduardo Luís

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