Não se Faz

Não se Faz


Tinha a blusa
Um tom doirado
E, por baixo dela,
Um seio perfeitamente desenhado.
Era um prazer
E um espetáculo deleitoso.
Uma impertinência
De teu seio generoso.
Acordou-me emoções.
Despertou-me sentidos.
E vi na displicência
De teu seio
O fim e o meio,
Os homens felizes e os perdidos.
Provocavas e não sabias
Ou, sabendo, não querias
Ser ostensiva
Na ostentação.
Tinha o teu seio, por forma,
O côncavo da minha mão.
E olhou para meus olhos
Que lhe retribuíram o olhar.
Bailou no brilho deles
Enquanto lhe foi permitido bailar.
Vá lá,
Não me provoques
Que sou fraco
E facilmente me tento.
Guarda, com jeitinho, o teu seio.
Arrecada-o,
Mete-o para dentro.
E deixa meus olhos em paz
Que um seio tentado-me,
Assim, a alma,
É coisa que não se faz!
jpv

NetWorkedBlogs