Ode à Esperança!


Ode à Esperança!


Vieste rápida e fulminante
E percebi, nesse exato
E preciso instante,
Que vinhas para cortar.
Sulcar a pele da alma.
Atraiçoar uma curva do sentimento.
E foi nesse preciso momento
Que te sorri.
E quando eu te sorri,
Começaste a cair.
Desboroaste as ideias
Até ficarem impercetíveis
E morreste emaranhada nas teias
Pegajosas
E perecíveis
Do teu labor
Insidioso.


Não vais longe.
Não é que não pudesses.
Mas ficas presa
Às tramas que tu mesma teces...


Adeus, esperança,
Adeus.
Por via dos teus erros
E dos meus
Termina aqui a nossa dança.
E enquanto ficas
Tentando perceber o que se passou
Agarro na vida e vou.
E vês-me!
E pensas que ainda sou eu.
Mas eu já lá não estou.
E esse pó que te ofusca
Pelo caminho que agora reconheces nefasto.
Não é nada, esperança, não é nada.
É só a nuvem gloriosa de meu rasto!
jpv

NetWorkedBlogs