Crónicas de Maledicência – Fazer o Jeito


(Por razões óbvias, esta Crónica de Maledicência tem uma imagem diferente da habitual)

Crónicas de Maledicência – Fazer o Jeito

Os frequentadores aqui da tasca, ainda hão-de pensar que eu tenho alguma coisa contra o Pingo Doce. Não é verdade. E a prova é que, por vezes, tomo lá o pequeno-almoço. Costuma calhar ao sábado ou a um ou outro feriado como foi hoje o caso. Normalmente, um café duplo e um bolo de noz pecã. Não deixa de ser verdade, isso sim, que ultimamente o PD mete-se comigo à grande e à francesa. Hoje, por exemplo, tinham este enorme cartaz na parede do edifício. Mesmo a pedi-las. Senão vejamos.

O slogan diz “Se lhe dá jeito, o Pingo Doce FAZ”. Ora, não é preciso ser muito curioso para tentar perceber o que é que faz e não é preciso ser uma mente brilhante para concluir que FAZ O JEITO.

Ora, foi precisamente esta expressão que me incomodou. Fazer o jeito significa fazer uma coisa por favor, que não se tinha ou não se devia fazer mas que se faz para desenrascar. Em todo o caso, algo que não se faz por motivação ou competência própria. E foi aqui que eu engalinhei com o Pingo mais Doce do país. É que eu estava convencido que eles não me andavam a fazer o jeito e que, sei lá, levavam a sério a ideia de servir a malta… Até cheguei a pensar que se esmeravam para me servir bem produtos de qualidade. Afinal era só para me fazer o jeito. Ora, como dizia a minha avó, sábia senhora de outros tempos, Se é só para me fazer o jeito, então não quero!
Tenho dito!
jpv

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