À Deriva do Atlântico
Estou aqui sentado
Nesta pequena canoa
Vou-me então transformar
Em Fernando Pessoa.
Só tenho dois companheiros
O lápis e o papel
E sou alimentado
Por um pote de mel.
Olho para o mar
O mar extenso e sombrio.
Quando penso na solidão
Até sinto um arrepio.
Sinto saudade de uma Rosa
Ou então de uma tília
No mar vejo o reflexo
De toda a minha família.
Os meus amigos despejados
Por um grande cano
Eu estou neste barco
À deriva do Oceano.
Ao escrever estas palavras
Cheias de fantasia
E ao digitar este poema
Fico cheio de alegria.
Passei muitos dias
No oceano a navegar
Mas a terra está à vista!
E bem irei ficar.
Manuel Pessoa
12 anos
(Texto sem correções nem limadelas nem aperfeiçoamentos. Transcrito ipsis verbis do original)