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Crónicas de África em Imagens - Kruger Park


Crónicas de África em Imagens - Kruger Park

Kruger Park, África do Sul, 7 de janeiro de 2013

O Kruger é um dos maiores parques naturais de África. Tem cerca de 400km de comprimento (norte-sul) por 200km de largura (leste-oeste) numa área de quase dois milhões de hectares. A variedade de espécies animais é assombrosa bem como a quantidade das mesmas uma vez que é possível observá-las com relativa frequência.

Tem vários campos para a estadia dos seus visitantes. Há um limite de velocidade de circulação dentro do parque que é de 40km/hora. É obrigatório permanecer sempre dentro das viaturas e os animais têm prioridade de circulação caso surjam na estrada. Ou seja, deve parar-se o caro e esperar que lhes dê na tola a vontade de ir embora! Normalmente, os portões do parque abrem pelas 5:30h e fecham pelas 18h. Estes horários variam de acordo com as épocas.

Ao contrário do Hlane, o Kruger, embora seja muito bom para descansar, apela mais à aventura e à descoberta dos espaços onde se podem avistar os animais. Nós ficámos no Skukuza Rest Camp e, em três dias, tirámos cerca de 3000 fotos! Ou seja, escolher as 32 que aqui apresentamos foi uma dor de cabeça.

Se, por acaso, passar por África, sei lá, ia ali na avenida da Liberdade a caminho do Terreiro do Paço e, de repente, perde-se e dá consigo em África, então não deixe de visitar o Kruger. Aqui ficam as "capturas":


Este preguiçoso, curiosamente, foi fotografado da "Crocodile Bridge!


Já não há respeitinho nenhum!
A deitar a língua de fora aos visitantes!


Também deves ter a mania que és alto!


- Vamos às compras?
- 'Bora lá que eu preciso de vegetais.


- Sou muito gira não sou?


- Anda cá, não vás para aí incomodar esses senhores...


- Olha aqui a pôpa do je!


Um dos símbolos do Kruger.
São muito giros, dinâmicos e há aos pontapés por todo o parque.


É raro conseguir apanhá-las poisadas tão perto.


- Eu sou do FCP! Ó p'ra mim tão azulinho!


Momento de rara beleza.
Foto LHBF.


Ainda não amadureceram. Estão verdes!
A posar para a foto.


Outro dos símbolos do Kruger.


A família saiu à rua.
- Espera, mamã, espera!


Espécie rara!


- Ó pá, por acaso 'tás a ver aí alguma passadeira?


Quem é que usou o inseticida para leões?


 Andas com esse mau humor desde que perdeste com o Benfica.


É penalti, é penalti! Está um leão no chão, tem de ser penalti!
Sorna!


Ajoelhou?...


Gosto de teu casaco!


- Eu sou do SLB. Ó p'ra mim tão encarnadinho!


Olha lá não te engasgues.
O springbok é um símbolo do Kruger e da RSA.


- Ó môr, o que é isso aí nos cornos?
- É limpeza automática!


- Cais leão, cais quê? O Rei sou eu. Ó tira lá uma foto, anda!


- Ó querido, és tão retorcido!


Alvo fácil!


Selvagem, eu?
Naaa... até venho aqui ao restaurante beber um cafezinho.


Outro que não atravessa na passadeira.
Ainda venho aqui dar uma formação de prevenção rodoviária.


Quem pode, pode. Quem não pode, espera.
Neste caso, esperámos uns 20 min. que a brincadeira acabasse.


Pormenor do alojamento.


A Coke by the river.

jpv

Todas as imagens foram
captadas por mim ou familiares.
Pode clicar nas fotos para aumentar um pouco.

Crónicas de África - Dias Intensos


Crónicas de África - Dias Intensos

Pilgrim's Rest, 9 de janeiro de 2013

Os últimos dias foram bastante intensos. De intensidades diferentes. Após nova incursão por terras e mares moçambicanos, com destaque para Vilankulo e Inhambane, resolvemos trazer o Iago, a Sandra e o Luís ao Kruger Park e a uma região denominada de Panorama, na África do Sul.

É claro que parte dessa intensidade se prende com o facto de sabermos que, à medida que os dias passam, se aproxima o momento em que eles, com particular ênfase para o Iago, vão partir.

Não sei se sou eu que exagero neste aspeto, mas a separação de pais e filhos é, para os pais, violentamente dolorosa. Para os filhos também será, mas atenuada pela força e pela energia da juventude.

A visita ao Kruger foi surpreendente. Ficámos no Skukuza Rest Camp que tem condições muito boas e uma vista soberba sobre o rio. A quantidade e a diversidade de aves, répteis e mamíferos que é possível observar em estado selvagem e a distâncias mínimas é entusiasmante. Aves de rapina, um arco-íris de pássaros, crocodilos, leões, elefantes, girafas, zebras, rinocerontes, hipopótamos, búfalos, gnus e toda uma extraordinária variedade de antílopes, donde se destaca o Springbok, são observáveis a meia dúzia de metros com comportamentos genuínos. Um dos momentos mais impressionantes para todos nós foi quando uma manada de elefantes, com mais de sessenta elementos, resolveu atravessar a estrada à nossa frente a não mais de dez a vinte metros. Um espetáculo de cerca de 10 minutos de cortar a respiração. Hoje, pela manhã, assistimos a uma "briga" de dois jovens elefantes que resolveram brincar no meio da estrada. Fosse em estrada asfaltada, fosse pelos trilhos de terra, os encontros e as surpresas foram inúmeros. Quando deixámos o Kruger, já levávamos a vontade de voltar.

A região de Panorama é montanhosa, verdejante, fresca e abundante em cursos e quedas de água altíssimas e de rara beleza. Visitámos a localidade de Graskop. É uma terra pequenina, com as casas baixinhas e em madeira. Parece que, a qualquer momento, vão surgir numa esquina cowboys montados a cavalo. Aqui produzem-se sedas e a especialidade da terra são as panquecas que nós comemos no emblemático "Harrie's".

Ao longo do caminho, parámos diversas vezes para ficar a observar paisagens imensas, intensas, de recortes quase impossíveis. Grandes vales, rochedos suspensos, quedas de água com várias dezenas de metros de altura. Estivemos em The Pinnacle, em God's Window e em Wonder View. Visitámos as Lisbon Falls, as Berlin Falls e as quedas de água de Bourke's Luck Potholes e demos um refrescante mergulho nas Mac Mac Pools, umas piscinas naturais no leito de um rio que desce a montanha em sobressalto. Por fim, dirigimo-nos para Pilgrim's Rest. A cidade não existe. Quer dizer, ela existe, mas não é deste tempo. É uma autêntica visita ao passado, o regresso ao século XIX e à época da corrida ao ouro. Todas as casas estão preservadas e o mais possível mantidas no seu estado original. São construções em madeira com telhados de zinco, alpendres em madeira e todos os placares a anunciar um negócio reproduzem o estilo da época pelo que são em madeira com as letras e gráficos pintados à mão. As bombas de gasolina imitam as do início do século XX. Ficámos hospedados no "Royal Hotel", também ele repleto de História e histórias. É um edifício em zinco por fora e todo forrado a madeira por dentro. As paredes dos quartos estão forradas a papel com motivos florais e os cortinados são daqueles antigos e pesados com os mesmos motivos. há quadros da época com cenas dos mineiros, dos garimpeiros e de caça. As camas são em ferro, os lavatórios são armários em madeira e as banheiras são em latão com aqueles pés curvos a suportá-las. Todos os candeeiros imitam a iluminação a petróleo. A sala de estar onde agora escrevo estas linhas é um imenso salão com vários conjuntos de sofás em tecidos estampados e naperons de renda a enfeitá-los. Não há televisão, nem mini-bar, nem ar condicionado nem serviço de quartos. De propósito. Há livros, uma luz amarelecida por todo o hotel e inúmeras ventoinhas de teto com as pás em madeira. O restaurante parece um saloon tirado de um filme do John Wayne. Tudo isto transpira uma ambiência vitoriana com um toque de faroeste e é quase impossível esquecermo-nos de que já passaram mais de cem anos.


Sim. O nosso filho parte em breve, mas ficam memórias comuns insubstituíveis. Memórias como a da conversa com Velma que contarei um dia destes. África surpreende-nos a cada dia, a cada quilómetro percorrido, a cada localidade visitada. Apetece ficar!

jpv

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