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A praia é grande e tem a particularidade de ter em cada extremidade um rio. Os dois desaguam aqui. A fauna é extraordinária e a pesca um modo de vida. Há pouco estivemos a conversar com um pelicano que estava na margem de um dos rios que é também a beira da estrada que dá para a praia. Até deixou fazer festinhas. Fingiu que reclamou mas não se mexeu de onde estava.
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Vamos à curiosidade desta praia. A água do mar é quente por baixo, de um quente chuveiro, ou seja, mesmo muito quente, e fria, mesmo muito fria, por cima! Por outro lado, em baixo é muito salgada, até faz arder os olhos e por cima é doce, bebe-se como se fosse água de garrafa.
-A mulher e o filho, que são os inteligentes da família, lá foram explicando cientificamente o fenómeno. Não me interessam muito as razões. Sei que é extraordinário boiar e ficar gelado, mergulhar e ficar completamente aquecido. É possível mergulhar e, a meio do caminho entre o topo frio e o fundo quente, parar, abrir os braços e as pernas e ficar a "planar" como os tipos que saltam dos aviões antes de abrirem os pára-quedas. Não se vai para baixo porque a água salgada e quente empurra para cima e não se vai para cima porque a água fria e doce empurra para baixo.
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Ainda agora cheguei e a Natureza de Creta já me fez uma surpresa.