Ausência


Ausência

Dois dedos de conversa
Entre conhecidos
De nós, estranhos
Um do outro.
Um olhar preso,
Um pensamento louco.
Dois corações perdidos
Sem uma só palavra
Pronunciada.
É fértil o verbo
Quando lavra
O campo da mente
E a semente
É a ideia
Onde tudo começa e acaba.
E uma mão
Abandonada, por momentos breves,
Na tua pele
E nas tuas vestes leves.
E nada mais
Foi preciso
Para atear o fogo ardente,
O pensamento flamejante
E o desejo incessante!
Quase te não vi
E já te despi lentamente
Com teu contributo e anuência!
É impressionante o poder
Que exerce em nós
A doce e inquieta ausência.
jpv

NetWorkedBlogs