Poema Relâmpago


Poema Relâmpago


A terra sangra

O calor
E as águas volumosas
Da chuva.
O céu rebenta,
Poderoso,
E faz-te sentir pequeno,
Outra vez.
A humidade
Ocupa o ar doce
E envolvente.
A alma assustada,
O corpo quente.
O céu avança
Majestoso,
Invade a tua vontade
E, mesmo antes de perceberes,
Semeia-lhe o medo.
Segue-se o batismo copioso
Que lava tudo,
Arrasta tudo...
Foi um instante
E nada está como era.
O sol brilha já
E na tua alma
Reergue-se a quimera.
Secou tudo
Sem rasto.
És humano pasto
Para a vontade da Natureza.
Ela, a força,
Tu, a fraqueza!
jpv

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